“Melior est oculorum visio quam vana persequi desideria”;
sed et hoc vanitas est et afflictio spiritus.
"Melhor é o que vêem os olhos do que a agitação dos desejos"; Isso é ainda vaidade e vento que passa.
A temível hora sexta congela
meus frágeis ossos de pavor
Em mim mesmo encontro à fera
que devo embater com todo ardor
No espelho a imagem reflete
inocente, o monstro que sou
Naveguei muito para o leste,
mas minha mente me guiou
Ah, na grande treva do palco
de ensaio infinito onde sou ator
meu latão brilha bem fraco, limpá-lo
irei do lodo e do negror
Do caminho de duas estradas
agora dolorida me voltou à noção
Nos dois fogos vejo a palha
em um queimar-se, em outro não
Vermelhas rosas vejo a resplandecer
no infinito, nas covas da colina distante
Nas serras sombrias onde não havia viver
jardim mavioso nasce de instante em instante
Baphometo dos mistérios velados,
dos templários que de ti se embeberam
Entregue-me as flores douradas dos prados
passo a passo, pelas dores que as antecederam
O colossal deus dos vales sombrios
assim se ergue em sutil majestade
semeando espinhos pelos caminhos
para criar fortes pés e de aço à vontade
Tanto tempo errei nas aulas da vida!
Em frágeis laços caía, em buracos vários
descia a procurar estrelas, sucumbia
ante o doce sabor do pecado
Quem vem pela estrada afora da montanha
solitária, onde em correntes Prometeu mora?
É Hércules, herói legendário por suas façanhas
que vem em fortes passos para a ti liberar agora.
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