terça-feira, 26 de agosto de 2008

A tradição dos Nove Desconhecidos

VI – Parte

*«A tradição dos Nove Desconhecidos»
revelava que Audebert era descendente direta de Abbot Von Spanheim (bruxo alquimista e um sério pesquisador das ciências ocultas, cujos discípulos eram Cornelius Agrippa e **Paracelso). Seu antecestral Spanhein casara-se escondido com Renne von Segundo, alguns manuscritos que se encontrava em posse de Aubert provava que Nove Homens (escolhidos a dedo pelo então fundador da tradição, o Imperador Açoça 273 a.C.) poderiam guardar os segredos das ciências secretas e beneficiando-se diretamente do seu conteúdo acumulados durante mais de duas dezenas de séculos. Os objetivos que esses homens teriam em vista seria os de não deixar cair em mãos profanas os meios de destruição. Esses homens também seriam renovados por cooptação (os novos escolhidos substituindo os mortos, sucessivamente), a fim de defender os segredos ocultos de um passado longínquo.

Uma das manifestações exteriores dos Nove Desconhecidos está ligada ao destino de um dos homens mais misteriosos do Ocidente: o Papa Silvestre II, conhecido sob o nome de Gerbert d’Aurillac. Nascido em Auvergne no ano de 920, falecido em 1003, Gerbert foi monge beneditino, professor da Universidade de Reims, arcebispo de Raverna e Papa por mercê do Imperador Otão III. Teria passado algum tempo na Espanha e depois uma misteriosa viagem o levou até as Índias, onde obtivera diversos conhecimentos que causaram assombro em seu círculo. Também possuía no seu palácio uma cabeça de bronze que respondia SIM ou NÃO a perguntas que ele lhe fazia sobre política e a situação geral da cristandade. Essa cabeça “mágica” foi destruída quando sua morte e os conhecimentos, trazidas por ela, cuidadosamente escondidos. Não se tratava nem de passado, nem de presente, nem de futuro, pois, aparentemente, essa invenção ultrapassava de longe a importância de sua rival: o perverso espelho sobre a parede localizada no corredor principal do castelo da Duquesa do Sétimo Tormento. Houve quem dissesse, que tal objeto foi capaz se der construído porque Gerbert mantinha um pacto com um (Demônio... ) e lhe jurava eterna fidelidade.

Perplexa com que acabara de ler, Audebert estava convicta de que precisava fazer algo antes que fosse tarde, e arrumou sua bagagem de mão e partiu em direção a mansão do Duque Dantalion, pois descobrira que um dos membros da ordem dos «Abufihamat» mantinha sob sua guarda documentos sobre os Nove Desconhecidos (entre eles havia um diário).

Enquanto isso no Hall principal da mansão, ***Andras sacerdote faz soar sua trombeta, formada com ossos de mortos; adverte-se ao neófito (Lohan Vigèe-Lebrum) de todos os perigos. O neófito em questão é fruto da nossa união (Duque Dantalion e Duquesa do Sétimo Tormento). Dissemos a ele como deve desenvolver todas as suas faculdades e poderes, até chegar à Auto-Realização Íntima do Ser. No ritual de iniciação são invocados os “Eus” psicológicos (a agrupação, digamos, de “agregados” que cada qual carrega dentro); fazem-nos visíveis e tangíveis no mundo físico, e se ordena (a esses “agregados” animalescos) que os devorem, que o traguem. Se meu filho permanecer sereno, nada acontece; se não permanece sereno, pode morrer, devorado por seus próprios “agregados psíquicos”, materializados fisicamente (assim ele vem, a saber, qual é seu Ego, seu “Eu”). Permanece-se sereno, sabe que tem de dissolver os “elementos inumanos” que leva (eles foram materializados fisicamente, para que os veja); já sabe, então, qual é o caminho: Desintegrá-los.


** Paracelso mais tarde, chegou a ser um mago e alquimista detento de incríveis conhecimentos da época.

*** O demônio Andras é visto por algumas obras místicas como um príncipe do inferno, embora noutras fontes demonologicas se encontra descrito como um Sacerdote do Inferno. Possui 30 legiões de demônios sob seu poder, e é um dos demônios da discórdia. É também conhecido por incutir incontrolável ira nas pessoas.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Os Suplícios da Duquesa

SOLVE ET COAGULA

Templi Omnium Hominum Pacis Abbas



“Meus aprendizes e em alguns casos meus fiéis soldados preparam os instrumentos de suplício em certo aposento subterrâneo de minha morada. Meu amado Duque Dantalion participa de alguns suplícios como mero espectador (ele diz que é preciso, pois serei responsável pelas “pequenas torturas”, assim como sou guardiã do Sétimo Tormento). Em seguida levam os acusados (as) para o aposento secreto. À vista dos instrumentos de tortura o acusado é persuadido a confessar. Se recusar a dizer quem são os intrusos a adentrar em minha morada e trazer escondidos em suas vestes amuletos que lhes emprestam os hogans (praticantes daquilo que meros mortais pensam ser” “Vodu”, - na verdade acredita-se que os hogans detêm a alma daqueles que a sua imagem feito em um boneco de cera, ou pano). Serão submetidos ao *strappado, ou outro qualquer suplício.”

Minhas sessões de suplícios:
I – Tortura Preparatória
Mostrar ao acusado a câmara de suplícios. Desnudá-lo, desonrá-lo e aplicar-lhes pregos nos polegares ou esticá-los no strappado.

II – La Question Ordinaire
Consiste na continuação do strappado, da seguinte forma: O meu prisioneiro é amarrado, de mãos para as costas, e em seguida içado ao ar. Aos seus pés atam-se pesos a fim de estirá-lo deslocando-lhe as vértebras. Suplício considerado um dos mais leves. “Seve apenas para o começo dos meus interrogatórios”.

III – La Question Extraordinaire
Consiste ainda na intensificação do strappado, meus “pacientes” continuam içados ao ar, suspenso de um caibro ou de um apoio qualquer no teto. Aos seus pés atam-se pesos ainda maiores. De repente meus aprendizes afrouxam as cordas que os prendem ao teto fazendo-os cair, mas só até certo ponto, sem tocar o chão. A menos de um metro do chão meus fiéis aprendizes param, e o choque dessa parada brusca desloca todos os ossos, fazendo com que meus adoráveis “acusados” sintam dores lancinantes. Meu processo é bem dosado para não matar logo de primeira. Meu objetivo é prolongar o suplício. Essa queda do corpo com parada súbita para deslocar as vértebras repete-se por três vezes. Acrescentei algumas aplicações de pregos nos dedos dos pés, chicoteadas e queimaduras.

IV – Torturas Adicionais
“Achei por bem adicionar alguns suplícios complementares”. Como por exemplo, o dilaceramento da carne com pinças em brasa.

V – Torturas Particulares
Em alguns cômodos de meu Castelo encontram-se “quartos sarcófagos” cheios de prego, e em outros aposentos tinas de chumbo derretido.

VI – Execução Final
“Aqueles que cometeram algum tipo de crime será punido ao atravessar o Portal, estarei aguardando-os em minha morada. A tortura maior já fora feita. Apesar das minhas torturas serem apenas o começo procuro prolongar as horas de suplício de meus” “visitantes”.

“Que tudo possa ser registrado no Livro do Mistério do Tempo e que possa ser lido nas linhas do Livro das Profundezas da Vida como se tudo já houvesse de fato acontecido (...)”.


*Strappado is a form of torture in which a victim is suspended in the air by means of a rope attached to his hands which are tied behind his back, in which the arms are most likely dislocated. Weights may be added to the body.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

A Onipotência das Forças

V – Parte

“Entre pensamentos e visões noturnas, quando cai sobre os homens o sono profundo, sobrevieram-me o espanto e o temor, e todos os meus ossos estremeceram. Um espírito passou por diante de mim, e fez-me arrepiar os cabelos do corpo. Parou ele, mas não consegui discernir sua aparência. Um vulto estava diante dos meus olhos, e ouvi uma voz abafada: Pode o homem mortal ser mais justo do que Deus? Pode o homem ser mais puro do que seu criador? (Jó 33:12-18)”.


E quando a noite obscurece as ruas, então vagueiam os filhos do Absoluto,
plenos de insolência e de vinho.


Gente da alta estirpe demoníaca ou bodhisatvas caídos (não esquecendo é claro de mencionar a presença do mestres dos mestres) estavam reunidos na mansão do Duque Dantalion. Vindo de todas as partes do mundo (outros mundo e também do interior da Terra) os «Abufihamat» reuniam-se novamente. O círculo estava se formando.

A ordem dos «Abufihamat» contava com as maiores mentes pensantes sendo elas: indianas, germânicas, célticas, eslavas entre outras. A matéria-prima ali reunida originava e fortalecia a inteligência e a sabedoria, fazendo com que seus integrantes se diferenciassem dos outros pseudos-intelectuais demônios e até mesmo de algumas bruxas e feiticeiras.

“Invulnerabilidade ante as forças superiores, impenetrabilidade em grande escala, somente são possíveis eliminando-os integralmente e para isso utilizaremos em grande escala os nossos efeitos psicológicos”. Esse era um dos assuntos que se podia ouvir em todas as rodas de conversa.

A onipotência das forças do “Portal dos Tormentos” haveria de ser uma fonte segura para seus integrantes e Dantalion aguardava ansioso a presença de Lúcifer Prometeu e seu irmão Epimeteu que sem dúvida nenhuma eram os integrantes mais importantes e respeitado da ordem.

(Prometeu - "O que é previdente, o que pensa primeiro e depois age” e, Epimeteu “Aquele que primeira faz e depois reflete”).

Para que penetrem senão os ungidos que possuem o segredo dos «Abufihamat», Lúcifer-Xolotl será o Guardião da Porta e das chaves do Lumisial. Aqueles que amaldiçoam imprudentemente o Absoluto sublevam-se contra o reflexo cósmico, anatomizam o DEUS vivo manifestado na matéria e abjuram a sempre incompreensível sabedoria, que se revela por igual nos contrários de luz e trevas.
A glória dos «Abufihamat» será à sombra e o escabelo do Senhor Mestre dos Mestres. Semelhança, parecença, similitude: sol e sombra, dia e noite, lei dos contrários.

“Não vamos mais perder tempo, pois a essa altura Baal, Sallos e Marax estão prontos para agir”. Comunicou Dantalion em voz alta (enquanto erguia um cálice de prata em uma das mãos, na outra segurava uma Espada Maçom Flamingela para dar seqüência ao ritual).

A quilômetros luz daquela mansão alguém dizia: "Queima teus livros e branqueia o Latão... um a um meus próprios desejos devem obedecer”. Era a voz de Audebert, com todos os seus sinistros agregados subjetivos saber maligno. Audebert acreditava mesmo que poderia invocar ou acorrentar algum demônio. Ao seu lado Baal em sua não-forma-humana sorria...

(...) continua

sábado, 9 de agosto de 2008

“O Estilo da Tentação”

ELA (...) representa o lado esquerdo ao qual estive longe por muito tempo. ELA (...) representa os pensamentos mais secretos que mantive distante e em segredo.

Assim surge nossa história vampírica, ou parte dela. Seu símbolo é lua, pois assim como a lua ELA é uma deusa de fases boas e ruins. ELA é também conhecida como A.S. (embora a tenha conhecido por outro * nome) é aquela que ensina habilidades psíquicas, a que é tão antiga, quanto o próprio Deus.

Há nela, certas particularidades interessantes, além de sua intuição ELA revelou-me ontem (em nossa primeira noite fria de Luz morta) quem temes a mim. Ao mesmo tempo em que teme, ELA representa a liberdade, e também representa a solidão. Embora não admita, ELA também pode manipular os sonhos humanos (os geradores das poluições noturnas). Mas uma vez possuído por uma ** “súcubus” dificilmente um homem ou uma mulher saia com vida.

Anjos foram enviados em seu encalço (eles a queriam em seu reino), porém ELA recusou a proposta e juntou-se aos anjos caídos. Fez um pacto e parte do pagamento já foi cobrado.

Após receber a marca que completa a maldição vampírica, ELA terá que fazer uma escolha e uma recusa. No entanto, é preciso ter cautela. O aspecto de metamorfose Vampírica merece atenção. Os poderes vampíricos podem causar uma guerra eterna entre seus descentes. À Terceira Geração de vampiros, os Antediluvianos (assim chamados por terem vivido antes do Dilúvio) tornam a mover-se. A presença deles também tem um propósito: o desapego e a impessoalidade. E ELA trás o ego como seu inimigo. Exagera e fere-se se não é reconhecida. Os poderes são cada vez mais visíveis. Tudo é perfeitamente aceitável, mas a marca deixada desafia a imaginação dos especuladores é o detalhe que revela que não estás mais sozinha.

Uma noite de tempestade ou brumosa, cheia de sons lúgubres. O inconsciente em estado de êxtase encontra a lembrança oculta, arquivada. Uma ilusão criada pela própria mente que mente e avista a vampira sinistra outrora A.S. Mas, desde que se trata de um simples pacto, a marca não será refletida. A Duquesa do Sétimo Tormento tomará conta desse ser.

A recusa, portanto terá que ser realizada antes de sete luas, contando a partir da data do calendário gregoriano. O fato é que revelado tais intenções, não poderás voltar atrás. Selado o pacto final a ferocidade animalesca da nobre Duquesa servirá para seus propósitos e assim assombrará a imaginação excitante dos curiosos e leigos do meio mundo.

“Ao final das sete luas, em busca de vestígios especuladores o farão”.

Assim, eu proponho que diante da minha condição, que sejas sincera e diante da eterna contradição humana: Quem trai os mandamentos do Sétimo Tormento estará traindo a si mesma e a D’us.


* (não será revelado nesse texto).
** Súcubus quando mulheres e íncubus quando homens, ou simplesmente lilims.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Fate of Mountains

"Assim como o frio é a ausência do calor e as trevas são a ausência da luz,..., o mal é a ausência do bem".
(Os três caminhos distintos:
severidade, misericordia e desapego)




Here lies my grave
Poisoned with fears
Dancing in chains
My fate revealed
Losing my strength

Understanding the signs
Only I remain
In this mountain of mine

Site Oficial: http://www.ava-inferi.com/
País: Portugal (Almada)


terça-feira, 5 de agosto de 2008

Poema Sobre "O Arcano 15"


“Melior est oculorum visio quam vana persequi desideria”;
sed et hoc vanitas est et afflictio spiritus.

"Melhor é o que vêem os olhos do que a agitação dos desejos"; Isso é ainda vaidade e vento que passa.


A temível hora sexta congela
meus frágeis ossos de pavor
Em mim mesmo encontro à fera
que devo embater com todo ardor
No espelho a imagem reflete
inocente, o monstro que sou
Naveguei muito para o leste,
mas minha mente me guiou
Ah, na grande treva do palco
de ensaio infinito onde sou ator
meu latão brilha bem fraco, limpá-lo
irei do lodo e do negror
Do caminho de duas estradas
agora dolorida me voltou à noção
Nos dois fogos vejo a palha
em um queimar-se, em outro não
Vermelhas rosas vejo a resplandecer
no infinito, nas covas da colina distante
Nas serras sombrias onde não havia viver
jardim mavioso nasce de instante em instante
Baphometo dos mistérios velados,
dos templários que de ti se embeberam
Entregue-me as flores douradas dos prados
passo a passo, pelas dores que as antecederam
O colossal deus dos vales sombrios
assim se ergue em sutil majestade
semeando espinhos pelos caminhos
para criar fortes pés e de aço à vontade
Tanto tempo errei nas aulas da vida!
Em frágeis laços caía, em buracos vários
descia a procurar estrelas, sucumbia
ante o doce sabor do pecado
Quem vem pela estrada afora da montanha
solitária, onde em correntes Prometeu mora?
É Hércules, herói legendário por suas façanhas
que vem em fortes passos para a ti liberar agora.

O Absoluto

IV – Parte

"O diabo - se é permitido num livro de ciência empregar esta palavra desacreditada e vulgar - o diabo se dá ao mago e o feiticeiro se dá ao diabo”. (Eliphas Lévi)

O Conde Marax estava em seu escritório (na verdade era bem mais que um escritório, pois havia tantos livros sob sua mesa e também nas prateleiras espalhadas pelas quatros paredes que mais parecia com uma biblioteca) e revirava as páginas de um livro antigo intitulado “Lúcifer Prometeu”, quando quase sem fôlego entra pela sua porta Sallos e Baal.

Surpreso, Marax fitou os nos olhos em busca de uma resposta. Sallos empurrou uma pilha de livros e retirou do bolso algo que mais parecia uma carta e entregou a Marax. Cuidadosamente o Conde Marax abriu a carta, antes, porém examinou o brasão (na verdade se tratava de uma assinatura), ele tinha certeza que conhecia o símbolo de algum lugar, mas não se recordava de onde. Pegou rapidamente seu diário (ao qual anotava todas as informações há séculos), folheou algumas páginas e encontrou. Era de se esperar pensou em voz alta; depois de séculos o Duque Dantalion e sua amada a Duquesa do Sétimo Tormento resolveram entrar em contato.

Sallos sabia que era hora de deixar o Conde Medêo e aliar-se de vez por todas a Dantalion, mas seu disfarce de “servo mordomo” lhe garantiam um certo conforto. Portanto antes de aventura-se a procura de Marax (ao qual devia alguns favores), foi atrás de Baal, mas já era tarde ele estava prestes a descobrir quem era Stevenote von Audebert. E antes que descobrisse disse que era preciso acompanhá-lo até o vilarejo vizinho. Assim Sallo e Baal adentraram a casa de Marax naquela noite fria trazendo em duas pequenas bolsas suprimento para um mês, além da carta que continha informações precisas e necessárias para reunir novamente a ordem dos *«Abufihamat».

O Absoluto disse Marax está pronto. E será recebido com toda honra e glória. Abrindo uma brecha no Tempo, cavando um túnel na grande montanha do conhecimento de hoje e buscando um relance do futuro com fragmentos do passado o Absoluto está por vi. Temos que usar a linguagem secreta e tomarmos cuidado com nossas assinaturas (Marax referia-se ao achado que Baal comentara há pouco. Audebert era experta e estava próxima demais dos «Abufihamat»).

O importante é que devemos começar a aprender a manipular a mente dessa tal de Audebert e dos demais “intrometidos” e para isso Sallos você foi convocado, pois você é o especialista (referindo-se ao chamado inconsciente Coletivo). Mas ela é uma bruxa será que não podemos tê-la como nossa aliada? Perguntou Baal tentando entender qual seria seu papel naquela suposta reunião.

Sem dúvida nenhuma se pudermos trazê-la para perto ela servirá como “isca” para nossos propósitos respondeu Sallos. E não se esqueça que você tem um poder que não utiliza há anos, ou melhor, há séculos (poder da invisibilidade) ou já se esqueceu de que também é um demônio?

Deu-se um salto para trás e como mágica desaparecerá (ta certo que fora apenas um lampejo, pois no minuto seguinte lá estava Baal ainda dentro da casa de Marax olhando espantado para seu próprio corpo ou seu semicorpo a essa altura mais parecia um espectro do que um vulgo-demônio-humano).

Se à noite abrimos a porta da nossa casa, podemos receber a visita dessa que se diz bruxa e/ou de um cavalheiro ou de um salteador qualquer. Portanto é preciso precaução. Advertiu Sallos. Mas, se pudermos invocar a presença dos ** Dugpas e se conseguirmos barrar as visitas (in)desejáveis e deixar a nossa janela aberta apenas aos maus e malefícios então teremos conseguido controlar as especulações alheias, ou então teremos que chamar os outros. Acrescentou Marax (referindo-se ao Duque Dantalion e sua legião).


* (N.T) Considerando que a palavra Baphomet possua raízes árabes, especula-se também que ela seja a corruptela de Abufihamat (ou ainda Bufihimat, como pronunciado na Espanha), expressão moura para "Pai do Entendimento" ou "Cabeça do Conhecimento". Se nos lembrarmos das acusações movidas contra os Templários, de que eles adoravam uma "Cabeça", veremos nesta hipótese algo plausível de ser aceito. A figura de Baphomet que se tornou mais famosa, servindo de principal referência para os ocultistas atuais, é mesmo aquela cunhada no século 19 pelo Abade Alfonse Louis Constant, mais conhecido pelo nome Eliphas Levi Zahed, ou simplesmente Eliphas Levi.

** Dugpas eram magos negros. A própria Mestra Blavatsky e suas pesquisas mais aprofundadas revelou que os Dugpas (Druk-pa, Dugpa, Brugpa, Dag dugpa ou Dad dugpa) são tidos como os mais versados em feitiçaria e ritos tenebrosos. Habitam o Tibet Ocidental e o Butão, e, por incrível que pareça, os comunistas chineses não mexem com eles... Todos eles são Tântricos, e se supõe que praticam a pior forma de magia negra. Alguns ritualistas, como Mircea Eliade, que visitaram as fronteiras do Tibet confundiram os ritos e práticas dos Dugpas com as crenças religiosas dos Lamas orientais.

domingo, 3 de agosto de 2008

Gedanken Eines Vampirs

"Sapientiam atque doctrinam stulti despiciunt".
Os insensatos desprezam a sabedoria e a instrução.




Die nebel der zeit verschleiern den ursprung

Das gottliche geschlecht gebiert in der nacht
Kein feind war je in sicht
Unbegrenzte macht
Die ewigkeit ist unser reich
Die zeit verliert den schrecken
Mensch dein herz wird wachs, zart und weich

Jede fleischeslust verbla?
Vor dir rotes elexier
Dem ziele naher ohne hast
Susser saft geile droge
Narkotika des freien geistes

Roter strom einzige sorge
Sollst nie versiegen
Die jagd nach dir ist unsere lust, welch vergnugen

Vampirvisionen, blutige erkenntnis
Endlose liebe ist das gottliche bekenntnis
Jetzt sind wir ein fleisch ein blut
Weisse haut blaue adern, geheime rituale
Augen rot wie glut

Komm zu mir

Teile dein blut, teile dein leben
Lass uns spielen roter regen
Mondgottin
Bereit fur die ewigkeit

Site Oficial: http://www.umbraetimago.de/
País: Alemanha / Germany