VII – Parte
Sábios sortilégios e mantras.
Assim seguia dia após dia o neófito Lohan Vigèe-Lebrum,..., sabiamente com sua farta didática esotérica sobre a arte de amar, sortilégios e mantras, e também ocupando-se muito especialmente sobre algo extraordinário “A verdadeira divisão de tipos homens e mulheres” entre outras coisas. Depois do canto, música instrumental, dança, execução musical com vasos contendo água pura, mineralogia, ciência química, e técnica de todos os trabalhos literários, o neófito Lohan terá de aprender, obrigatoriamente, as artes mágicas.
Duque Dantalion preparava-se para ensinar ao filho as artes mágicas, e dizia-lhe que um aprendiz precisa respeitar a arte de realizar magia com a assistência de um demônio. Dentro em breve seria seu sucessor e precisava agir rápido, pois a ordem dos «Abufihamat» estava em risco. A jovem feiticeira Audebert recolhera provas e aliara-se com o Duque Medêo.
Em um aposento cheio de velas e cristais, o jovem neófito Lohan preparava o altar. Era preciso cautela e atenção. No aposento havia uma pequena mesa retangular coberta de tecido preto, com um dos lados maiores apontando para o norte e o sul e os menores representando o leste e o oeste. Em seguida Lohan desenhou um pentagrama e em seu interior um círculo perfeito de uns 30 centímetros de diâmetro e o colocou no centro do altar. Existia uma maneira particular de desenhar um pentagrama e Lohan sabia disso, pois Marax referiu-se a técnica dias antes da preparação e montagem do altar.
O neófito coloca quatro velas em suportes iguais no lado leste do altar e um turíbulo com incenso de mirra em cima do pentagrama. O incenso representa o elemento ar. Um prato contendo sal simboliza a terra, é então colocado próximo ao altar em sua orla norte. Um cálice de água, simbolizando aquele elemento, no lado oeste. Finalmente, uma vela negra, símbolo do elemento fogo, no lado sul.
Lembre-se de acrescentar um aspergilo (planta sagrada formada por quatro raminhos se sempre-verdes) dissera seu pai Duque Dantalion. Nossa ordem «Abufihamat» a utiliza desde o início dos tempos. Disponha-os há quatro polegadas de comprimento do lado norte e os amarre com uma linha vermelha.
Feito isso Lohan posicionou a antiga espada dos «Abufihamat» no lado oeste do altar e uma segunda vela de cor roxa (morado e/ou violeta) no centro do pentagrama.
A cerimônia e invocação ao sexto demônio é iniciada. A presença de Lúcifer Prometeu e seu irmão Epimeteu sem dúvida nenhuma será necessária. Baal, Andras e Andrax estavam agora dispostos, junto aos irmãos, formando um círculo. Cada qual posicionado de frente para uma das cinco pontas do pentagrama desenhado no chão do aposento.
Lohan ajoelha-se e dispõe seus braços cruzados sob o peito em total meditação ao lado do altar representando a direção oeste (esta posição é conhecida pelos nossos irmãos egípcios “O hierofante” [sacerdote]) esclarecia Marax dias antes da preparação. E assim permaneceria até segunda ordem.
Após o derramamento de líquido (viscoso) sob a cabeça do neófito (em sinal de batismo), Lohan levanta-se segurando agora uma vela de cor vermelho-escarlate e a carrega em direção oposta ao movimento dos ponteiros do relógio em torno do altar, até alcançar o outro lado, onde a coloca a leste do círculo, mas fora dos seus limites. Tudo precisa ser desenvolvido através dos rituais e movimentos corporais rigorosamente exatos aos dos demônios posicionados dentro do círculo.
(...) continua
domingo, 21 de setembro de 2008
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Um comentário:
Linda duquesa...
Que sempre me deixa curiosa para descobrir o desfecho das historias...
Linda foto e muito bonito o que escreveu ao lado...
Duquesa venho como uma humilde anja caída pedir sua foto me concede ela?
beijos anjelicais
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