IX – Parte
* “Eu disse que segundo meu pensamento e crença tudo era um caos [...]. A santíssima majestade quis que aquilo fosse Deus e os outros, anjos, e entre todos aqueles anjos estava Deus, ele também criado daquela massa, naquele mesmo momento...”.
"...O Mago é soberano pontífice da natureza o feiticeiro é apenas um profanador..."
Momentos,..., na verdade longas horas depois, tudo parecia diferente, o olhar intensamente diabólico e vampírico cheio de mágoas e desconfianças de Lohan me atingiu feito flecha. Respostas era tudo que ele queria nada mais.
No olhar profundo de meu único filho pude ver as reflexões que se iniciaram antes mesmo do intenso ritual, a análise do contra e do avanço protestante deu origem a uma profunda reflexão sobre a nossa história e origem, além das dificuldades, desafios e possibilidades. Isso tudo é tão profundo e obscuro para ele, e agora é como se houvesse um enorme oceano de mistérios, além da distância que se formou entre nós.
O contato com o mundo obscuro vampírico realçou a especificidade de suas interpretações, e Lohan as adaptou a uma realidade ainda mais refratária a abstrações fortemente marcada pela vivência concreta e materializada dos fenômenos psíquicos. Para entender sua origem, Lohan serviu-se de algo que lhe era familiar, cotidiano, conhecido: cultos pagãos e demoníacos deu suporte à sua formulação.
- Não discutiremos o indiscutível disse eu. Mas eu suponho que o interesse geral o leve a tomar certas precauções. Atualmente há uma infinidade de “pequenas divindades”, igualmente delicadas e frágeis e cuja força única é devida ao nosso tácito consentimento em não as discutir. Certo?
- Como posso ter honras e glória se não as posso usá-las??
Pareceu hesitar um instante e continuou:
- O perigo não vem de mim,..., pretendo ir além. Quero descobrir quem sou e o que sou e nada mais. Esta noite irei atrás de Dietrich Kersten, pois sei que ele o guardião de Berchem-Sainte-Agathe e não me pense em me deter.
Calou-se por um momento e vi o contorno tênue projetado em uma das paredes de Baal. Ele possuía certos dons e esse era um deles,..., Lohan não estaria mais sozinho. Apesar de ser “escolhido”, “o Absoluto”, havia um certo perigo em ir até Dietrich.
A abordagem sofisticada e minuciosa de meu ex o Duque Mêdeo junto aos novos fatos, poderia nos aproximar um pouco mais de nossos antepassados, já que “a tentativa de conhecer o passado também é uma viagem ao mundo dos mortos”.
As Associações de Investigação do Oculto [AIO] fora alertada pelo Duque Dantalion, e dois de seus melhores homens estavam a caminho de Berchem-Sainte-Agathe. Sem dúvida, o castelo mais protegido de toda a província.
Curioso esse interesse repentino, dissera eu a Andras e Andrax. Não tenho dúvidas em relação ao atual envolvimento da AIO. No entanto o movimento meticuloso de Dantalion me leva a pensar em vingança. Não importa mais o que eu faça ou diga, mesmo se algum dia nossa fortaleza for atingida ainda assim serei leal a Dietrich. Havia pouco mais de um ano, que meu ancestral aparecerá em meu castelo em sua forma vampírica. Não fazia idéia de que estava “vivo”, ele era um dos vampiros mais respeitados que já se ouvira falar. E mantinha em seu poder o Tratado de Acordo entre a ordem «Abufihamat» e o clã dos «Temparium» (antiga colônia de vampiros localizado ao extremo sul da Estônia).
Em uma outra região longe daquela guerra psicológica e vampírica entre mundos, Stevenote von Audebert prepara-se para sua ida a Liège [Portal-Paraíso - «Sheol»].
(...) continua
* Domenico Scandela, o moleiro conhecido como Menocchio, diante dos inquisidores italianos, em 1584. Nascido em Montereale, pequena aldeia do Friuli, foi denunciada ao Santo Ofício pelo pároco dom Odorico Vorai, antigo desafeto que o acusava de pronunciar palavras “heréticas e totalmente ímpias”. Crítico do clero, da Igreja e da opressão contra os pobres, Menocchio foi descoberto por acaso quase quatro séculos depois.
(...) continua
* Domenico Scandela, o moleiro conhecido como Menocchio, diante dos inquisidores italianos, em 1584. Nascido em Montereale, pequena aldeia do Friuli, foi denunciada ao Santo Ofício pelo pároco dom Odorico Vorai, antigo desafeto que o acusava de pronunciar palavras “heréticas e totalmente ímpias”. Crítico do clero, da Igreja e da opressão contra os pobres, Menocchio foi descoberto por acaso quase quatro séculos depois.
Um comentário:
Hummmm...
Está interessante, me deixa curiosa hihi neh Duquesa?
bjos gelidos angelicais
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